Coluna da SPVA 3k6j10

A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários. 5w703w

Feito dia de domingo – A poética de Roberto Noir em 4 chamingos 44h33

08/06/2025 06h31

Prezados leitores,

 

A nossa coluna de hoje traz quatro  “chamingos”, em forma de poemas, que farão você conhecer um pouco da poética do escritor Roberto Noir, o qual é poeta e professor de Filosofia pela rede estadual do Rio Grande do Norte. Possui um livro de poemas lançado, Post Mortem, três zines (Fragmentos de Ébano, Les Femmes e Versos Diversos) e participações em algumas coletâneas. É membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA-RN) desde Março de 2010. É um grande entusiasta de livros, música, Astronomia e conhecimentos em geral. Apreciem!

 

PALIATIVO

 

Não dura tanto quanto a relativa eternidade

Pode ser tão bom como uma vida ada que retorna

É provável que seja bem mais saboroso

Do que este vinho amaríssimo que entornas!

 

Momentos tão breves e paradoxalmente duradouros

Que ocorrem em intervalos inconvenientes e seculares

Estes não são registrados em históricos anais

Apenas são louvados em metafísicos altares!

 

Então, dai adeus a todas as tuas angústias!

Ao menos nestes parcos momentos de companhia

E que quando a tristeza voltar para rever-te

Encontre já nascida a semente da alegria!



 

LETARGIA (IN)FINDA

 

Nada mais há neste espaço

Até mesmo o tempo é escasso

É tão monótono este momento

É como ficar estático ao relento

 

Nem mesmo a impermanência é absoluta

Uma ideia enlouquecedora e absurda

Do alto, não se ouve absolutamente nada

E muito menos do interior da terra abrasada

 

Se não há pensamento, não há existência

Afirmar do contrário seria demência

É um momento bastante silente

Pois não há sequer um ser vivente!

 

Enfim, chegou o momento da ida!

Eis a revelação do fim da vida!

Então, verifica-se que não há (via)

Apenas uma constante e indelével apatia!


 

THEÓS 

 

Liberdade é algo desconhecido para ti 

Teu destino já foi definido por mim

Existencialismo é apenas uma ilusão

Ir contra tal sentença é um esforço vão

 

Tu foste moldado pela minha argila

Saibas que quando a tua mente oscila

Apenas faço e refaço a tua vontade

Pois és submisso à minha autoridade 

 

Não adianta a mim tentar resistir

Resta-te apenas o ofício de existir

ando qualquer infortúnio e dor

Confiando intensamente em teu pastor

 

... meu poema!


 

CERRO CORÁ

 

Entre elevações tão distintas 

Dom Quixote travaria batalhas infinitas

Contra os incansáveis gigantes

Impulsionados por ventos constantes

 

À noite, do meio das serras

Surge o enorme Escorpião celestial

Anunciando que o inverno se aproxima

Toca nossa pele com seu gélido ferrão astral

 

Em meio às trilhas e pedras

Esconde-se a nascente

Que nos ensina que do metro

Surgem muitos quilômetros

 

Nestas terras tão belas e calmas

Encontra-se conforto para a alma

Que faz todo corpo desejar

Para lá sempre voltar!


 

Para apreciar mais a poética e a atuação do escritor Roberto Noir é só entrar em contato conosco através de nossas redes sociais.

 

ATÉ BREVE!

 

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Revisão: José de Castro

Coordenação da coluna no âmbito da SPVA/RN: Adélia Costa

 

 


*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).