A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários. 5w703w
Prezados leitores,
A nossa coluna de hoje traz quatro “chamingos”, em forma de poemas, que farão você conhecer um pouco da poética do escritor Roberto Noir, o qual é poeta e professor de Filosofia pela rede estadual do Rio Grande do Norte. Possui um livro de poemas lançado, Post Mortem, três zines (Fragmentos de Ébano, Les Femmes e Versos Diversos) e participações em algumas coletâneas. É membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA-RN) desde Março de 2010. É um grande entusiasta de livros, música, Astronomia e conhecimentos em geral. Apreciem!
PALIATIVO
Não dura tanto quanto a relativa eternidade
Pode ser tão bom como uma vida ada que retorna
É provável que seja bem mais saboroso
Do que este vinho amaríssimo que entornas!
Momentos tão breves e paradoxalmente duradouros
Que ocorrem em intervalos inconvenientes e seculares
Estes não são registrados em históricos anais
Apenas são louvados em metafísicos altares!
Então, dai adeus a todas as tuas angústias!
Ao menos nestes parcos momentos de companhia
E que quando a tristeza voltar para rever-te
Encontre já nascida a semente da alegria!
LETARGIA (IN)FINDA
Nada mais há neste espaço
Até mesmo o tempo é escasso
É tão monótono este momento
É como ficar estático ao relento
Nem mesmo a impermanência é absoluta
Uma ideia enlouquecedora e absurda
Do alto, não se ouve absolutamente nada
E muito menos do interior da terra abrasada
Se não há pensamento, não há existência
Afirmar do contrário seria demência
É um momento bastante silente
Pois não há sequer um ser vivente!
Enfim, chegou o momento da ida!
Eis a revelação do fim da vida!
Então, verifica-se que não há (via)
Apenas uma constante e indelével apatia!
THEÓS
Liberdade é algo desconhecido para ti
Teu destino já foi definido por mim
Existencialismo é apenas uma ilusão
Ir contra tal sentença é um esforço vão
Tu foste moldado pela minha argila
Saibas que quando a tua mente oscila
Apenas faço e refaço a tua vontade
Pois és submisso à minha autoridade
Não adianta a mim tentar resistir
Resta-te apenas o ofício de existir
ando qualquer infortúnio e dor
Confiando intensamente em teu pastor
... meu poema!
CERRO CORÁ
Entre elevações tão distintas
Dom Quixote travaria batalhas infinitas
Contra os incansáveis gigantes
Impulsionados por ventos constantes
À noite, do meio das serras
Surge o enorme Escorpião celestial
Anunciando que o inverno se aproxima
Toca nossa pele com seu gélido ferrão astral
Em meio às trilhas e pedras
Esconde-se a nascente
Que nos ensina que do metro
Surgem muitos quilômetros
Nestas terras tão belas e calmas
Encontra-se conforto para a alma
Que faz todo corpo desejar
Para lá sempre voltar!
Para apreciar mais a poética e a atuação do escritor Roberto Noir é só entrar em contato conosco através de nossas redes sociais.
ATÉ BREVE!
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Revisão: José de Castro
Coordenação da coluna no âmbito da SPVA/RN: Adélia Costa
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