Rio Grande do Norte

Mafaldo Pinto critica condenação de Léo Lins: "É um país que se não já fracassou, está muito próximo." 6t6b4y

05/06/2025 12h58 6x562b

Por: Hiago Luis

13522l

Foto: Reprodução
 
Um dos mais lembrados nomes do humor potiguar, o comediante Mafaldo Pinto se posicionou, na manhã desta quinta-feira (05), sobre a condenação do humorista carioca Léo Lins. Na última terça-feira (03), Lins, que foi sentenciado pela Justiça Federal a 8 anos e 3 meses de prisão, além de multa milionária, por divulgação de conteúdo considerado discriminatório contra minorias e grupos vulneráveis.
 
Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Mafaldo fez duras críticas ao que viu como uma inversão de prioridades. O artista potiguar é reconhecido por sua irreverência e por usar o humor como ferramenta de reflexão e crítica sobre o cotidiano brasileiro.
 
Em sua fala no vídeo, ele aponta casos em que figuras públicas envolvidas em escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro sairam impunes. “Um país em que a Justiça condena um humorista a 8 anos de prisão e uma multa de 2 milhões de reais. E que nesse país, o INSS, que está sendo roubado, e os idosos, que estão sendo roubados de várias formas. 6 bilhões tirados dos idosos, fora os empréstimos consignados, que dizem que é mais de 90 bilhões, não tem ninguém condenado nem preso”, lamentou Mafaldo.
 
Em tom crítico e preocupado com os rumos do país, Mafaldo ainda mencionou o caso do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, condenado a mais de 200 anos por corrupção, mas atualmente em liberdade. “É um país que se não já fracassou, está muito próximo”, concluiu.
 
Entenda o caso Léo Lins 
 
Em meio à polêmica nacional sobre os limites do humor, liberdade de expressão e discurso de ódio. A sentença contra Léo Lins foi proferida pela juíza Barbara de Lima Iseppi, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Segundo a magistrada, o humorista ultraou os limites legais ao propagar falas ofensivas contra negros, indígenas, judeus, pessoas com deficiência, idosos, homossexuais, nordestinos, evangélicos, entre outros grupos vulneráveis.
 
A condenação de Léo Lins gerou divisões nas redes sociais. Enquanto parte do público apoia a medida como forma de combate à intolerância e à propagação de preconceitos sob o "disfarce do humor", outros veem na punição uma forma de "censura seletiva".
 

Autor: Hiago Luis